Uiramutã / raposa serra do sol,  novembro de  2010

Nossa Expedição ao município de Uiramutã/RR, em que tivemos como companheiros de viagem nossos queridos amigos Nete e Urtigão (com seu inseparável Brutus), foi uma aventura que jamais iremos esquecer, pois teve todos os ingredientes de um filme de ação, incluindo o fato de termos sido feitos prisioneiros por uma tribo indígena que ficou furiosa por adentramos seu território sem permissão (uma falha, reconhecemos, mas foi por uma causa nobre, afinal queríamos conhecer a famosa Cachoeira das Andorinhas, tão enaltecida pelo nosso amigo e companheiro de viagem Urtigão). Lembrando que não alcançamos nosso objetivo, por motivos óbvios! Felizmente nada nos aconteceu, pois fomos resgatados a tempo por um funcionário da FUNAI e pelo Exército, mas não sem antes provar (à força) do famoso "caxiri" (eca!).

Fora estes incidentes, a viagem até o município é uma aventura, são 140km em estrada de chão cheia de pedregulhos e subindo a Serra do Uiramutã (6 horas de viagem), com direito a travessia de ponte submersa e uma paisagem única e deslumbrante. O município é uma pequena vila, mas tem tudo o que um viajante precisa, uma boa cama para descansar ( uma pousadinha, muito simples, mas limpinha), boa comida (a dona da pousada tem um restaurante) e muita hospitalidade! Porém, é um pouco afastado do município que estão as maiores atrações do Uiramutã, ou seja, suas belíssimas e pouco visitadas cachoeiras. Tivemos o privilégio de conhecer a Cachoeira das Sete Quedas, de águas límpidas que desaguam em uma piscina natural muito boa para banho.  

 

Leiam a reportagem do G1 sobre o local:

Localizado na fronteira com a Venezuela e a Guiana, o município de Uiramutã, a nordeste de Roraima, é o mais setentrional do Brasil. O lugar possui belezas naturais exuberantes e quase intactas, o que torna a visita a região uma aventura única e cheia de descobertas.

Segundo o Censo 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 88,1% da população de Uiramutã, formada por 8.375 habitantes, se declarou indígena. É o município com a maior proporção da população indígena no país e concentra o maior número de indígenas de Roraima.

Uiramutã inclui em seu território o Monte Caburaí, de 1.456 m de altitude, o ponto mais setentrional do país. O Monte Roraima, também localizado no município, é um dos picos mais altos do Brasil. O monte fica no ponto tríplice com a Guiana e a Venezuela.

A sede do município fica distante 310 km de Boa Vista. O caminho é a maior parte em estrada de terra. Apenas os primeiros 160 km são percorridos pela BR-174 Norte. Para quem segue na rodovia sentido o município de Pacaraima, a entrada para o lugar fica a direita. A viagem dura em média seis horas.

As cachoeiras atraem a maioria dos visitantes. Existem diversas quedas espalhadas pela região, mas as que são abertas aos turistas são a Cachoeira do Urucá e as Corredeiras do Paiuá. Ambas ficam distantes da sede de Uiramutã cerca de 8km e 6km, respectivamente. Chega-se de carro até bem perto das duas.

Caminhar pelas trilhas abertas nas serras e descer penhascos para seguir até a Cachoeira de Urucá é uma aventura a parte. Apesar do pouco tempo de caminhada, é necessário resistência. O caminho é íngrime e cheio de pedras.

Ao final, o cansaço do trajeto é recompensado pelo contato com o que se assemelha a uma piscina, só que natural. A água é límpida, verde e gelada. O lugar é paradisíaco. Mesmo sem chuvas, a queda d'água é forte e requer atenção dos que se aventuram a mergulhar.

No lugar existe ainda as comentadas Cachoeiras da Andorinha e Tamanduá e o Vale dos Cristais. Só que o acesso para essas e demais quedas e pontos turísticos de Uiramutã só é permitido mediante autorização por estarem dentro da área indígena.

Demarcação
Com a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, a maior parte da área que integra o município ficou sob gestão das comunidades. O acesso é restrito. Para adentrar é necessária autorização.

                                                

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